Biodiversidade Sob Ameaça?

Biodiversidade sob ameaça?

Nos últimos 540 milhões de anos a Terra conheceu cinco grandes extinções em massa, praticamente uma em cada 100 milhões de anos. A última, já lá vão 66 M.a., extinguiu da face da Terra todos os grandes répteis. Foi o fim dos dinossauros.

Até aqui, as extinções têm sido provocadas por alterações radicais verificadas na natureza, como aquele meteorito ou asteroide com 10 km de diâmetro que a maioria dos cientistas acredita ter caído no golfo do México e que dizimou os dinossauros mas, ao que tudo indica, a próxima pode ter mão humana.

Junto à Terra

É tempo de conhecer o problema

Principais ameaças à diversidade biológica

A escassez de água potável, que já se verifica em muitas regiões do Mundo, o desaparecimento dos glaciares, que leva à subida do nível dos oceanos, a degradação dos ecossistemas e o efeito de estufa provocados pelas emissões de CO2, são apenas alguns dos rostos do problema.

Mas nem tudo está perdido. Ao contrário das gerações mais velhas, a nossa tem o conhecimento do seu lado, a ciência ajuda a compreender e encontrar soluções que podem reverter a situação. Se agirmos já podemos ganhar esta batalha, salvar os ecossistemas e garantir o nosso bem-estar. De acordo com as Nações Unidas:O BEBÉ 7 MIL MILHÕES nasceu simbolicamente na madrugada de 31 de outubro de 2011, quando o BEBÉ 6 MIL MILHÕES já tinha 12 anos, e prevê-se que até 2030 nascerá o BEBÉ 8 MIL MILHÕES. Por volta de 2050 nascerá o BEBÉ 9 MIL MILHÕES.

A escassez de água potável, que já se verifica em muitas regiões do Mundo, o desaparecimento dos glaciares, que leva à subida do nível dos oceanos, a degradação dos ecossistemas e o efeito de estufa provocados pelas emissões de CO2, são apenas alguns dos rostos do problema. Mas nem tudo está perdido. Ao contrário das gerações mais velhas, a nossa tem o conhecimento do seu lado, a ciência ajuda a compreender e encontrar soluções que podem reverter a situação. Se agirmos já podemos ganhar esta batalha, salvar os ecossistemas e garantir o nosso bem-estar. De acordo com as Nações Unidas:O BEBÉ 7 MIL MILHÕES nasceu simbolicamente na madrugada de 31 de outubro de 2011, quando o BEBÉ 6 MIL MILHÕES já tinha 12 anos, e prevê-se que até 2030 nascerá o BEBÉ 8 MIL MILHÕES. Por volta de 2050 nascerá o BEBÉ 9 MIL MILHÕES.

Principais ameaças à diversidade biológica

1. Alteração ao uso do Solo

Situado em plena Rede Natura 2000 (RN2000), no Sítio de Importância Comunitária (SIC) e Zona de Proteção Especial (ZPE) dos Rios Sabor e Maçãs, o AHBS criou impactes com efeitos diretos e indiretos nas espécies e habitats protegidos por estas Diretivas Comunitárias. A construção e exploração de um aproveitamento hidroelétrico de grandes dimensões acarretam sempre profundas modificações nos ecossistemas fluviais.

Para proteger este valioso património natural, nasceram os Programas de Conservação da flora e habitats e da fauna e o projeto “Junto à Terra”, suportados numa na estratégia que procura mitigar os potenciais impactes na ambição de conseguir ganhos globais positivos na biodiversidade e nas comunidades locais. Estamos a falar de programas de conservação que se desdobraram em 48 ações, a desenvolver em 9 concelhos, numa área mais próxima (Alfândega da Fé, Mogadouro Macedo de Cavaleiros, Torre de Moncorvo) e numa mais alargada (Freixo de Espada à Cinta, Bragança, Vila Flor, Vimioso e Miranda do Douro).

Poluição Térmica

Prática que proporciona recursos ao ser humano desde que este se sedentarizou, mas determinadas práticas agrícolas provocam a degradação dos solos, dos habitats e dos ecossistemas.

Na agricultura intensiva reduz-se a biodiversidade, uma vez que nestas plantações se cultivam monoculturas com pouca variedade e utilidade para o ecossistema. Ao invés, uma agricultura extensiva privilegia práticas agrícolas ancestrais, que encontraram ao longo do tempo um equilíbrio com os valores naturais. O abandono deste tipo de agricultura é apontada como uma das razões da perda de biodiversidade.

Pastagens

Grande parte da luxuriante floresta da Amazónia está a ser transformada em campos de forragem para o gado. Quando comes um hambúrguer, já pensaste de onde pode vir aquela carne e o que ela pode custar ao ambiente?

Agricultura de subsistência

Usa o corte e a queimada de florestas para as substituir por campos agrícolas e pastagens.

Plantações florestais intensivas

Já todos ouviram falar dos malefícios de algumas culturas florestais intensivas de uma única espécie. A diversidade é a solução.

Infraestruturas

A construção de estradas, caminhos-de-ferro, pontes e barragens provocam a destruição e fragmentação dos habitats. As empresas responsáveis estão conscientes disso e devem mitigar o seu impacto.

2. Alteração ao uso do Solo

Junto à Terra

Quando falamos de recursos naturais referimo-nos a:

  • Recursos Minerais
    - Extração mineira
  • Recursos Biológicos
    - Explorados pela Agricultura, Caça, Pecuária, Pesca e Floresta
  • Recursos Energéticos
    - Temos as Energias Renováveis que são uma alternativa aos combustíveis fósseis, uma vez que são uma fonte de energia inesgotável. Alguns exemplos dessa energia são: Hidroelétrica, Solar, Eólica, Geotérmica, Biomassa, Ondas e Marés. Temos, também, as energias Não Renováveis: o carvão, o petróleo e o gás natural
  • Recursos Hídricos
    - Água disponível para consumo humano. De referir que a água doce é um recurso natural renovável, mas limitado. Somente 3% da água na Terra é doce, e cerca de dois terços desta está nas calotas polares e em vapores na atmosfera a apenas 0,3% é água de superfície

A utilização abusiva destes recursos – que inclui petróleo, carvão, gás natural, minérios, água e alimentos – já tem consequências visíveis. Uma delas é a Pegada Ecológica mundial, que todos os anos cresce exponencialmente nos países industrializados.

2.1 O que é a Pegada Ecológica?

A Pegada Ecológica (ecological footprint) é um conceito desenvolvido em 1996, por William Rees e Mathis Wackernagel, para medir a quantidade de terra produtiva e de água (representa uma medida de área de ecossistemas terrestres e aquáticos) que um indivíduo ou uma nação necessita para produzir todos os recursos que consome e para absorver os resíduos que produz.

Perante este problema, em 2000 foi criado o Dia da Sobrecarga da Terra (Earth Overshoot Day), a data simbólica que assinala o dia em que a nossa Pegada Ecológica excedeu a capacidade do planeta para o ano.

Em 2000 esta data assinalou-se no dia 5 de outubro, em 2016 foi no dia 08 de agosto. Isto significa que a humanidade, hoje, está a utilizar em apenas 7 meses a totalidade dos recursos disponíveis para o ano inteiro.

Quando falamos de recursos naturais referimo-nos a:

Recursos Minerais

  • Extração mineira

Recursos Biológicos

  • Explorados pela Agricultura, Caça, Pecuária, Pesca e Floresta

Recursos Energéticos

  • Temos as Energias Renováveis que são uma alternativa aos combustíveis fósseis, uma vez que são uma fonte de energia inesgotável. Alguns exemplos dessa energia são: Hidroelétrica, Solar, Eólica, Geotérmica, Biomassa, Ondas e Marés. Temos, também, as energias Não Renováveis: o carvão, o petróleo e o gás natural

Recursos Hídricos

  • Água disponível para consumo humano. De referir que a água doce é um recurso natural renovável, mas limitado. Somente 3% da água na Terra é doce, e cerca de dois terços desta está nas calotas polares e em vapores na atmosfera a apenas 0,3% é água de superfície

3. Poluição

Junto à Terra

Poluição Térmica

Pouco falada por não ser facilmente observável, ocorre quando a temperatura de um meio ambiente de suporte a algum ecossistema (como um rio, por exemplo) é aumentada ou diminuída, causando um impacto direto na população desse ecossistema.

Junto à Terra

Poluição das Águas

É a libertação de contaminantes de natureza química, física ou biológica, direta ou indiretamente em cursos ou corpos de água, por exemplo, através do escoamento de fertilizantes provenientes da agricultura e dos resíduos domésticos ou industriais provenientes de áreas urbanas.

Junto à Terra

Poluição dos Solos

É qualquer alteração que descaracterize o solo da sua estrutura natural, causando a deterioração ou perda de uma ou mais das funções do solo. Ocorre pela introdução de substâncias ou produtos poluentes em estado sólido, líquido e gasoso.

Junto à Terra

Poluição do Ar

Também chamada de poluição atmosférica, é provocada pela libertação de elementos sólidos, líquidos, ou gasosos, para a atmosfera.

Junto à Terra

Nos últimos 540 milhões de anos a Terra conheceu cinco grandes extinções em massa, praticamente uma em cada 100 milhões de anos. A última, já lá vão 66 M.a., extinguiu da face da Terra todos os grandes répteis. Foi o fim dos dinossauros.

Até aqui, as extinções têm sido provocadas por alterações radicais verificadas na natureza, como aquele meteorito ou asteroide com 10 km de diâmetro que a maioria dos cientistas acredita ter caído no golfo do México e que dizimou os dinossauros mas, ao que tudo indica, a próxima pode ter mão humana.

Podemos desacelerar a sexta extinção em massa já que somos os seus principais causadores?

A janela de oportunidade está a fechar-se. Não resta muito tempo, mas podemos ainda evitar perdas irreparáveis na biodiversidade através de intensas ações de conservação e gestão sustentável da atividade humana.

4. Algumas espécies ameaçadas

Chamamos espécies exóticas às que ocorrem num território que não corresponde à sua área de distribuição natural. Quando estas espécies EXÓTICAS, por si só, ocupam o território de forma excessiva, em área ou número de indivíduos, provocando modificações significativas nos ecossistemas e usando os recursos necessários à sobrevivência das espécies NATIVAS ou AUTÓTOCNES são chamadas INVASORAS.

Estas espécies invasoras trazem muitas vezes impactes negativos no ambiente e na economia.

Junto à Terra

5. Efeitos das alterações climáticas

O conhecimento e consciencialização sobre as alterações climáticas têm vindo a crescer, mas é mais importante do que nunca que a consciencialização do problema chegue às pessoas.

As alterações climáticas são reais, não são uma invenção de cientistas assustados!

O esforço coletivo para conter o aquecimento global a um aumento de 1,5ºC a 2ºC até 2100, em relação ao período pré-industrial (anterior a 1750) dá força ao compromisso de “descarbonizar a economia”, ou seja, de reduzir as emissões de CO2, que, entre outras coisas, contribui para a destruição da biodiversidade e dos ecossistemas, assumido por 197 países signatários do Acordo de Paris, alcançado em 2015 sob a égide das Nações Unidas.

Ao limitar o aquecimento global, evita-se a perda de biodiversidade e a degradação dos ecossistemas e vice-versa, isto porque, travar as alterações climáticas e manter os ecossistemas saudáveis são duas ações que se autorregulam. Convém não esquecer que ecossistemas saudáveis funcionam como sumidouros que ao reterem carbono, evitam a sua libertação para a atmosfera e o efeito de estufa associado. 

Junto à Terra

A Natureza ensina-nos imenso e encarrega-se muitas vezes de nos mostrar o que devemos fazer. Basta estarmos atentos para aprendermos a imitá-la.

O planeta sofrerá se não se conseguir travar o aquecimento global. Os cenários projetados para 2100 mostram uma situação muito gravosa a nível planetário, com a temperatura média a subir 4,5°C.

Em 2015, a subida das temperaturas médias do planeta atingiu 1oC, com previsões de 1,2oC para 2016, segundo o IPCC. Este aumento das temperaturas tem já reflexos nos padrões de precipitação, no degelo dos glaciares e na subida do nível médio do mar. Portugal é um dos países mais vulneráveis.

Algumas espécies ameaçadas

A ciência tem vindo a desenvolver inventários que nos permitem compreender o equilíbrio da biosfera. Um esforço de conhecimento que até hoje apenas nos revelou cerca de 2 milhões de espécies, uma pequena fração da biodiversidade global que se estima existir. Deste universo, estão avaliadas, do ponto de vista do grau de ameaça, pouco mais de 80 mil espécies que constam da Lista Vermelha da IUCN. Esta organização internacional classifica como “ameaçadas de extinção” cerca de 24.000 espécies, das quais 41% são anfíbios, 34% são coníferas, 33% são recifes de coral, 25% são mamíferos e 13% são aves.

1. Risco de Extinção

Junto à Terra

A ciência tem vindo a desenvolver inventários que nos permitem compreender o equilíbrio da biosfera. Um esforço de conhecimento que até hoje apenas nos revelou cerca de 2 milhões de espécies, uma pequena fração da biodiversidade global que se estima existir. Deste universo, estão avaliadas, do ponto de vista do grau de ameaça, pouco mais de 80 mil espécies que constam da Lista Vermelha da IUCN. Esta organização internacional classifica como “ameaçadas de extinção” cerca de 24.000 espécies, das quais 41% são anfíbios, 34% são coníferas, 33% são recifes de coral, 25% são mamíferos e 13% são aves.

1.1 No Mundo

Junto à Terra
EM PERIGO

Tigre

Panthera tigris Junto à Terra

Junto à Terra
VULNERÁVEL

Leão

Panthera leo Junto à Terra

Junto à Terra
VULNERÁVEL

Urso Polar

Ursus maritimus Junto à Terra

Junto à Terra
AMEAÇADO

Pinguim de Magalhães

Spheniscus magellanicus Junto à Terra

1.2 Em Portugal

Junto à Terra
VULNERÁVEL

Águia Imperial Ibérica

Aquila adalberti Junto à Terra

Junto à Terra
EM PERIGO

Lince Ibérico

Lynx pardinus Junto à Terra

Junto à Terra
AMEAÇADO

Cegonha Preta

Ciconia nigra Junto à Terra

Junto à Terra
EM PERIGO

Saramugo

Anaecypris hispanica Junto à Terra

1.3 Em Trás-os-Montes

Espécies e habitats que estão a ser valorizados na Região (Sabor Tua e Baixo Sabor):

SOBREIRO

Quercus suber

Estatuto de conservação (Povoamentos e exemplares protegidos; são a espécie dominante nos habitats 9330 “Florestas de Quercus suber” e 6310 “Montados de Quercus spp. de folha perene”. DL n.o 169/2001, de 25 de maio; DL n.o 140/99, de 24 de abril. Carvalho de características sigulares (é a única árvore que recompõe a casca depois desta ser extraída), tem no nosso país o seu solar. Pode atingir 20m de altura e, pelo seu valor económico e ecológico, foi instituída “Árvore Nacional de Portugal”.

OXICEDRO OU ZIMBRO

Juniperus oxycedrus

9560, Florestas endémicas de juniperus spp. Proteção legal: DL no 140/99 de 24 de Abril- Anexo B-1 (republicado pelo DL no 49/2005, de 24 de Fevereiro. Diretiva 92/43/CEE Anexo I Uma das mais ornamentais coníferas portuguesas, adapta-se bem às regiões quentes e secas do interior. Apesar do seu lento crescimento, pode atingir médio porte (até 15m de altura) e as suas folhas e “bagas” têm larga aplicação cosmética e medicinal.

HABITATS

Código RN2000
NOME
OBSERVAÇÕES
5110
Formações estáveis xerotermófilas de Buxus sempervirens das vertentes rochosas
Habitats com Buxo
6160
Lameiros
Prados oro-ibéricos de Festuca indigesta
9560
Florestas de Quercus suber e de Quercus rotundifolia com Juniperos oxycedros
Habitat Prioritário
91E0
Florestas aluviais de Alnus glutinosa e Fraxinus excelcior
Bosque ripícola
92A0
Florestas galerias de Salix alba a Populos alba
Salgueirais arbustivos
X
Bosques edafo-higrófilos com Celtis australis e Acer monspessulanum
Galerias Rípicolas
5110
Comunidades de Habitats Rupícolas com Digitalis purpurea subsp. Amandiana (Dedaleira), Anarrhinum duriminium (Samacalo) e Silene marizii e plataformas terrosas com Holcus duriensis
Afloramentos rochosos

ESPÉCIES

NOME CIENTÍFICO
NOME COMUM
OBSERVAÇÕES
Cobitis calderoni
Verdemã-do-norte
Habitats com Buxo
Anodonta anatina, Potomida littoralis e Unio delphinus, Margaritifera margaritifera
Bivalves de água doce
Lameiros
X
Herpetofauna
Habitat Prioritário
Bubo bubo
Bufo-real
Bosque ripícola
Cinclus cinclus
Melro-de-água
Salgueirais arbustivos
Actitis hypoleucos
Maçarico-das-rochas
Galerias Rípicolas
Oenanthe leucura
Chasco-preto
Afloramentos rochosos
Aquila fasciata
Águiade Bonelli
X
Galemys pyrenaicus
Toupeira de água
X
Microtus cabrerae
Rato de Cabrera
X
Eliomys quercinus
Leirão
X
Sorex granarius
Musaranho-de-dentes-vermelhos
X
X
Quirópteros
X
Junto à Terra

Proteção e Valorização do Lobo ibérico

Junto à Terra

Conservação da Lontra

Junto à Terra

Conservação da Toupeira-de-água

Junto à Terra

Recuperação e criação de abrigos e habitats

para Quirópteros (morcegos)

Junto à Terra

Proteção e Valorização da Avifauna Rupícola

no Nordeste Transmontano: Avifauna Rupícola (aves das rochas, aves das fragas); águias (Águia-Real, Águia de Bonelli); abutres (Grifo, Abutre do Egipto/Britango); Cegonha-preta; etc

Junto à Terra

Proteção e valorização de Répteis, AnfÍbios e Invertebrados

no Vale do Sabor